22.8.08

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Muito legais esses relógios, criados com inspiração em um famoso quadro do pintor Salvador Dali.
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Só não cairia muito bem colocar um deles acima da sua lareira. O relógio pode derreter de verdade, e vc nem vai notar.
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Na verdade, ele ficaria bem mesmo acima do seu bar-doméstico. Pensa só, quando algum amigo seu fosse olhar a hora, ele iria pensar: "Opa, hora de parar de beber."
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Reflexão de ontem: "Nunca tome laxante e remédio para dormir na mesma noite".
Luis Fernando Veríssimo.
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21.8.08

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Quantos quilos de insatisfação suportarão minhas clavículas? Digo clavícula porque nem cogito aviltar meus já infames e denegridos ombros com a mácula de um desprazimento recente.

Tenho as espáduas redundantemente ocupadas por todo tipo de embaraço, mas num nível de saturação que nada tem que ver com sua potência de soerguimento, e sim com a lotação espacial da sua oferta física. É curioso ver que minhas omoplatas tornaram-se propriamente um garfo de empilhadeira (nem tanto pela desordem da tablatura gênica como pela tenacidade fenotípica da vida), o que explica talvez sua eficiência no transporte das amarguras.

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Para além dos ombros insalubres e imemorialmente superlotados, encontro as outras regiões do corpo igualmente assediadas e usurpadas por um cartel de dissabores. As costas, previamente reservadas para o autoflagelo, encontram-se voltadas para o mundo. O rosto omisso está fechado para conhecidos e estranhos. O peito está vazio, mas também o vazio é uma forma de preenchimento. Os braços, mortificados pela fadiga do próprio peso, nem sequer se consideram mais membros da minha instituição. As mãos encontram-se apenas sujas, mas não da sujeira do trabalho, e sim da sujeira do remorso. As pernas estão esmorecidas, sojigadas pela carga alheia que veiculam. Os pés, por sua vez, estão gretados pela dureza da rotina nômade. E a consciência, finalmente, tornou-se ébria à medida em que o coração se fazia sedento. Tudo em mim veio hereditariamente parasitado. Quer dizer, quase tudo.

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Azar das clavículas.

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20.8.08

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Reflexão do dia: "Como fazer para a sua esposa gritar por uma hora depois do sexo?
R: É só limpar o pinto na cortina".
Extraído do KamaSutra.
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- Aí tio, se naum der deizão eu arranho tudo a lataria!
- Faz isso naum pô, eu também sou corinthiano...
- Droga de corporativismo!!
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POR QUE O FRANGO CRUZOU A ESTRADA???
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RESPOSTAS:
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PROFESSORA PRIMÁRIA : Porque queria chegar do outro lado da estrada.
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CRIANÇA: Porque sim.
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PLATÃO: Porque buscava alcançar o Bem.
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ARISTÓTELES: É da natureza dos frangos cruzar a estrada.
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NELSON RODRIGUES: Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do outro lado.
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MARX: O atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe de frangos, capazes de cruzar a estrada.
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MOISÉS: Uma voz vinda do céu bradou ao frango: "Cruza a estrada!". E o frango cruzou a estrada e todos se regozijaram.
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AMIR KLINK:Para ir onde nenhum frango jamais esteve.
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MARTIN LUTHER KING: Eu tive um sonho... Vi um mundo no qual todos os frangos serão livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.
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FREUD: A preocupação com o fato de o frango ter cruzado estrada é um sintoma de sua insegurança sexual.
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DARWIN: Ao longo de grandes períodos de tempo, os frangos têm sido selecionados naturalmente, de modo que, agora, têm uma predisposição genética para cruzar estradas.
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EINSTEIN: Se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango, depende do ponto de vista. Tudo é relativo.
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LULA: Por que ele atravessou a estrada, não vem ao caso. O importante é que o povo está comendo mais frango.

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MACONHEIRO: Foi uma viagem...
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FEMINISTAS:Para humilhar a franga, num gesto exibicionista, tipicamente machista,tentando, além disso, convencê- la de que, enquanto franga, jamais terá habilidade suficiente para cruzar a estrada.
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MALUF: Quem construiu a estrada que o frango cruzou fui EU!

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CAETANO VELOSO: O frango é amado, é lindo, uma coisa assim amada. Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque Narciso, filho de Ana, quisera comê-lo, ...ou não.
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CARLA PEREZ: Porque queria se juntar aos outros mamíferos.
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19.8.08

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Reflexão do dia: Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam. Não é bonito, mas é profundo!
Zaratustra
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Não é qualquer cabeção que pode ser enxadrista.
Sacou??

aiai, que gozadinho

18.8.08

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Reflexão do dia: "Errar é humano, persistir no erro é americano, acertar no alvo é muçulmano."
Provérbio chinês.
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Sim, é inata a capacidade de concentração nos homens.

Maria Vai Com As Ondas

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Maria vai com as ondas
E a onda leva a vaidade
Leva o pente, a maquiagem,
O CPF, Identidade.
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Maria vai com as ondas
E a onda leva as botas,
Leva a seda, a superfície
O isqueiro e as berlotas.
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Maria se jogou no mar,
Subiu num barco alheio
E foi parar em Itaparica.
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Maria se sentiu legal,
E bebeu água do mar
Pra combater sua larica.
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Maria vai com as ondas,
E a onda leva a manga,
A pêra, a melancia,
O abacate e a pitanga.
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Maria vai com as ondas,
E a onda leva a torta,
A sopa de abóbora,
O cuzcuz e a ricota.
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Maria se jogou no mar,
Subiu num barco alheio
E foi parar em Itaparica.
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Maria se sentiu legal,
E bebeu água do mar
Pra combater sua larica.
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Maria vai...
(Maria vai...)
Maria, Maria vai...
(Maria vai...)
Maria, Maria, Maria vai...
(Maria, Maria, Maria, Maria, Maria...)
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Maria se jogou no mar,
Subiu num barco alheio
E foi parar em Itaparica.
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Maria se sentiu legal,
E bebeu água do mar
Pra combater sua larica.
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Maria se jogou no mar,
Subiu num barco alheio
E foi parar em Itaparica.
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Maria se sentiu legal,
E bebeu água do mar
Pra combater sua larica.

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Zéu Brito

15.8.08

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Reflexão do dia: "Perto do Chico Buarque, todo homem é um corno em potencial."
Filósofo de ocasião.
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Vovô exerce um graaande fascínio sobre as mulheres. Começo a pensar que é congênito.

14.8.08

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Terça-feira última arrumei um freela de redator. Todo mundo sabe o que é um freela (corruptela de freelance – um jeito entojado de dizer “bico”), e todo mundo sabe o que um redator faz (ele redige). Agora, estando eu na condição inédita de redator freelancer, alguém pode me dizer o que devo fazer para exterminar aquele frio na barriga que surge quando me deparo com a solidez do meu ônus de criador?
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Se Deus estiver lendo, dá umas dicas aí, pô! Você... digo, o Senhor, bem que já deve estar acostumado com a pressão e a responsa do serviço... E também com o volume galático (imagino) de queixas e reivindicações aos seus ouvidos cósmicos. Mas, convenhamos, nenhuma crítica que você... que o Senhor recebe é vexatória, constrangedora, embaraçosa. Na verdade (deixa eu escolher bem as palavras, porque estou falando com o dono dela) na verdade essas críticas estão mais para súplica de reconsideração criativa do que para reprovação de desempenho genesíaco.
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Eu, que sou oniignorante, tenho que me sujeitar à avaliação e ao arbítrio do contratante, aos pudores do cliente e às firulas do consumidor final, sujeição essa que desce latejando pela garganta e se aloja no aparelho gástrico, suando frio de impotência, e espiando o mundo pelo orifício do umbigo.
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Volto a falar com meus patrícios, consangüíneos de humanidade e de pedigree divino. Eu sei que este blog não é um fórum (mesmo porque não tem ninguém fiscalizando se quem entra aqui está de bermuda), mas deixo o registro dessa dúvida bastarda, rejeitada por vergonha pelo pai: Como incandescer essa pedra de gelo no estômago?
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Ah, deixa pra lá... ninguém lê essa blogsta mesmo.
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Reflexão do dia: "Se não pode vencê-los, junte-se aos outros".
Autor Desconhecido.
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Tem doido que diz que o mundo é assim. Eu discordo... é mais esverdeado.

p.s.: meu terapeuta se matou anteontem.
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Introspecção
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Não há virtude ou vicio que venha de fora –
Tudo o que é fato ou artifício vem de dentro,
E a partir do ventre tal ato aflora
Modificando o meio de que somos centro.
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Eu faço o espaço que me exterioriza,
Eu sou o estado concreto do que existe.
Eu crio o vazio que me interioriza.
Eu derribo a vida, e a coloco em riste.
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Eu sou o responsável pelo meu pesar
E o peso da minha responsabilidade.
Eu sou o meu pouso e o meu decolar
E o declínio da minha verticalidade.
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Eu sou meu descaso e minha convicção,
Sou o meu descanso e a minha ânsia.
Eu sou minha sentença e minha redenção,
A minha miséria e a minha abundância.
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Eu sou meu próprio agente patogênico
E o vetor da moléstia que me assola.
Eu todo sou o produto transgênico
Do organismo endêmico que em mim se isola.
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E sou também meu próprio tratamento (sem morfina)
E o princípio ativo de todo remédio.
Sim, eu sou a minha própria medicina
Sem a mínima necessidade de intermédio.
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Eu crio a realidade do que me acontece
E eu creio que pra muitos isso é frenesi.
Queria que a cria de Deus se conhecesse...
Eu cria no homem, mas o homem não crê em si.
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13.8.08



Não, não faço questão de sexo seguro.
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Reflexão do dia: vide retrovisor.
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"POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL

João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado."

Agora pronto, é só pular.